A História Da Guerra De Tróia Na Mitologia Grega
Um Épico Fictício?

Na mitologia grega, a História da Guerra de Tróia (também conhecida como Batalha de Tróia) figura no Ciclo Épico, do qual apenas a Ilíada e a Odisséia permanecem até hoje. Esses poemas lendários muito antigos atribuídos ao poeta Homero contam a história da Batalha de Tróia, que supostamente ocorreu no ano 1200 aC e que teria oposto o povo grego aos troianos. Apelidada de Guerra de Tróia, a veracidade das histórias mencionadas por Homero no poema da Ilíada e no poema da Odisséia são agora amplamente contestadas por historiadores e arqueólogos.
O resumo da Guerra de Tróia, um lindo romance de amor

A história da Guerra de Tróia começa com uma bela anedota romântica digna das almas mais sensíveis da Grécia Antiga. Páris, filho do rei Príamo, imperador de Tróia, se apaixona perdidamente pela esposa do Senhor Esparta Menelau, a bela Helena. Paris sequestra Helena e desencadeia uma guerra com Menelau e seu irmão Agamenon, que reúne um verdadeiro exército para atacar a cidade de Tróia. Por muitos anos, a coalizão grega, acompanhada pelos heróis da mitologia grega Aquiles, deus da guerra e Odisseu, bem como muitos outros personagens épicos (Nestor, Diomedes, Ajax), tenta penetrar na fortaleza de Tróia resistindo à invasão.

O cavalo de Tróia e a queda de troy resumo
É então que Odisseu, astuto como uma raposa, imagina um subterfúgio engenhoso: os gregos farão o cerco enquanto um gigantesco cavalo de madeira cheio de soldados, o cavalo de Tróia, penetrará inesperadamente nas ameias da cidade. Ao entardecer, os soldados sairão do esconderijo e abrirão discretamente os portões de Tróia que, não o tendo previsto, não poderão revidar, pois a cidade cai facilmente nas mãos da coligação.
O estratagema funciona e os troianos, que não oferecem resistência, são brutalmente dizimados enquanto os gregos saqueiam, saqueiam e queimam todos os edifícios da cidade. Agamenon agarra Cassandra, que se refugiou no altar de Atenas, enquanto o velho rei Príamo é decapitado e o filho de Heitor, Astyanax, é atirado do alto das paredes. Assim que a Guerra de Tróia terminar e o silêncio cair novamente, a cidade de Tróia nada mais é do que um monte de ruínas e cinzas.

O Ciclo Épico, uma obra de ficção?
Segundo Heródoto, o primeiro verdadeiro historiador do planeta e autor de Inquiry (As Histórias), a Batalha de Tróia seria uma das primeiras guerras militares entre o império persa e os gregos. A história contada nos poemas da Ilíada e da Odisséia seria uma crônica fictícia em que troianos retratam os verdadeiros adversários da Grécia Antiga, os medos e os persas.
Tucídides, um grande historiador e político ateniense, autor de História da Guerra do Peloponeso, acreditava que a história da Guerra de Tróia e as narrativas de Homero eram acima de tudo simbólicas e tinham uma conotação política; a tentativa de uma reunião de gregos com a intenção de uma grande conquista helenística.
Em busca da localização da Antiga Tróia

Seja como for, a Batalha de Tróia é hoje considerada uma pura fábula micênica. Heinrich Schliemann, um entusiasta da arqueologia alemão e amante da mitologia grega, tentou descobrir as ruínas da Antiga Tróia de Homero e conseguiu descobrir o local de Hisarlik na Turquia. A colina de Hisarlik e os seus vestígios, muito modestos por terem sido palco de um cerco grego, estão associados à mitologia de Tróia desde o século XIX, mas as datas não correspondem aos poemas de Homero.
Uma nova interpretação
Na década de 1950, os cientistas conseguiram decifrar tabuinhas antigas recuperadas em Knossos e na península do Peloponeso e observaram que as escrituras eram feitas no mesmo idioma. Tal extensão helenística admite a hipótese da existência de um rei cujo poder poderia ter permitido a elaboração de uma coalizão como a descrita na história da Guerra de Tróia.
Moses Finley, que prestou muita atenção à veracidade da história da Guerra de Tróia, menciona em O Mundo de Odisseu que a inspiração de Homero não vem da Grécia micênica, nem da Grécia arcaica, mas sim da Idade das Trevas grega.
